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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tekken 3

Tekken 3 - Análise

Esta é a análise de Tekken 3, lançado pela Namco em 1998 para o Playstation.

Introdução

A série Tekken é um fenômeno muito bem-vindo para o universo dos jogos de luta. Inspirado em jogos de luta 3D promissores como Virtua Fighter, Tekken fez logo muito sucesso em qualquer arcade que lançava. E a terceira versão do jogo veio para consagrar de vez a série. Trazendo todos os elementos de tornaram os games anteriores sucesso, com novos comandos, novos personagens, muitos extras e inovadores modos de jogo, inesperados em um game do gênero, Tekken 3 conquistou o coração da crítica, se tornando um dos mais queridos jogos do Playstation.
TEKKEN 3
Informações técnicas

Publicado por: Namco
Desenvolvido por: Namco
Gênero: Fighting
Diretor: Katsuhiro Harada
Plataforma: Playstation e Arcade
Data de lançamento: 22 de março de 1997
Faixa etária: Teen
Sobre a história do jogo (contém spoilers)

Bom, está bem, a história do jogo não é lá aquelas coisas... Não tem como um game de luta ter uma história decente, para ser sincero. Como é que se explica um monte de gente se batendo do nada no meio da rua, em estacionamentos, no alto de penhascos, ou algo assim? O jogo faz uma menção ao campeonato The King of Iron Fist, o mesmo dos jogos anteriores, mas não traz nada de novo. Caso não conheça a história de um modo geral, aqui vai uma breve recapitulação:

 

Esse aqui é Heihachi Mishima, dono da Mishima Zaibatsu. Um dia, entediado, ele criou um campeonato de luta só por criar, mesmo. Quem vencer, leva a empresa milionária. Ah, e ele participa. O filho dele, que fez pacto com o demônio, Kazuya Mishima, (veja nossa análise de Tekken 1 para compreender melhor), vence o campeonato, só para se vingar do pai por tê-lo jogado de um penhasco. Esse é Kazuya Mishima:


Kazuya, com o demônio, leva a empresa a um rumo ainda pior, sendo um péssimo presidente e fazendo tudo o que não se deve fazer: sequestrar pessoas, matar e coisa e tal. Aí, dois anos depois, Heihachi volta, assim como Jun Kazama, uma menininha mimada que acha que sabe lutar. Essa é a Jun Kazama:


Agora fala sério: ela parece que sabe lutar alguma coisa? Olha para ela!
Disposto a acabar com todos os pássaros com uma pedra só, ou seja, seu pai e seu rival, ele decide imitar seu pai e refazer o campeonato Tekken, valendo como prêmio a Mishima Zaibatsu. Só que as coisas acontecem de forma meio estranha, desta vez. Heihachi e Jun decidem participar. Na verdade, ela resolve entrar no campeonato de luta só porque é uma ambientalista e o Kazuya joga lixo no mar. Beleza. Só que, em vez de lutar com ele, ela se apaixona por ele (?), tem um filho dele e foge. Sim, é isso mesmo que você ouviu. O que mais você poderia esperar da garota na foto acima? Que ela quebrasse ele de porrada?
Bom, mas o vovô Heihachi não faz feio e consegue arrebentar Kazuya, com demônio e tudo. Após perder, o demônio é exorcizado. Mesmo assim, Heihachi faz questão de lançar seu próprio filho agora não endemoniado em um vulcão em erupção. Bem digno de um pai amável como ele.
Agora, entra a história de Tekken 3. Quinze anos após Heihachi ser o novo presidente da Mishima Zaibatsu, a empresa tomou rumos bons, para a paz universal... Boring. Jun criou seu filho, chamado Jin, bem longe dali. Até que, um belo dia, um monstro chamado Ogre começa a botar o terror. Até que, quando Jin tinha apenas 15 anos, Ogre invade a casa dele para matar a Jun. O imprestável do Jin tenta detê-lo, mas perde, então Jun desaparece. Jin fica com raiva e decide treinar com Heihachi para se vingar do Ogre.  Aos dezenove anos de idade, Jin está assim:


E aí, o Heihachi decide criar o Tekken 3 para atrair todos os lutadores do mundo inteiro de forma que pudessem se unir e enfrentar o monstro Ogre. Quem derrota Ogre na verdade é Paul Phoenix, um motoqueiro topetudo que tem nada a ver com a história, mas aí o Ogre se transforma em um monstrengo ainda pior, e quem o derrota é o Jin. Com o monstro morto, Heihachi ordena que seus homens matem Jin, e mete uma bala na cabeça dele. O que eles não sabiam é que o demônio que havia possuído Kazuya agora possui Jin, na forma de uma cicatriz em seu braço direito... Ou seja, ele sobrevive, e aí a história continua nos jogos subsequentes.

Sobre o jogo

Muito da mecânica do jogo foi alterado, em relação a outros jogos da franquia. A luta é o que importa, e ela sofreu muitas melhorias. O estilo é o mesmo dos outros Tekkens: um botão para cada membro do corpo, e a possibilidade de se realizar combos imensos apertando diversos botões na ordem certa. O detalhe agora é que os movimentos estão bem mais realistas, os saltos menores, os combos mais precisos, e as habilidades únicas de cada personagem estão mais evidentes. Os personagens se movem de forma fluída e convincente, e os golpes são muito simples de serem realizados. É possível fazer dezenas de combos, alguns filhos da mãe que podem tirar a vida inteira do oponente. Soma-se a isso agarramentos eficientes, e técnicas de desvio e de contra-golpe que permitem a qualquer jogador desviar facilmente de um golpe, criando várias combinações de contra-golpe arrasadores. Enfim, o estilo de luta continua fácil o bastante para agradar os novatos no gênero, mas mantém uma complexidade para que os profissionais do jogo troquem golpes sensacionais sem nem precisarem se repetir.
Eu não gosto muito de jogos de luta, como já afirmei antes. Abro leves exceções para Mortal Kombat e Soul Calibur, mas definitivamente Tekken eu ADORO jogar. Sempre gostei da mecânica do game, e pego fácil as combinações de golpes e os combos mais arrasadores, em comparação com outros jogos de luta, no qual eu sofria para conseguir dar especiais e tentava toda hora não morrer para os apelões. O padrão de luta em Tekken é bem mais realista, não é ficcional, como em Street Fighter e Mortal Kombat, por exemplo, onde os personagens soltam fogo, lançam raios de energia e usam armas. Aqui é porrada mesmo, soco na cara, chute na barriga e pisão na costela, sem dó.
Como cada personagem possui uma arte marcial e cada botão representa uma parte do corpo, um conhecedor de alguma arte pode muito bem colocar no jogo os golpes que ele conhece, apertando os botões relativos a cada membro, como na vida real. Isso é muito bacana de se ver. Se o personagem luta Taekwondo, por exemplo, fazer combos com as pernas direita e esquerda é sensacional se você sabe o que está fazendo. É intuitivo e muito divertido.
Ah, e se você não entende muito bem os comandos, pode ir treinar no modo Practice Mode. Lá, aprenderá todos os golpes que quiser. Os comandos que você aperta fica na tela, de modo que você sabe o que está fazendo, e porquê está errando. Além disso, você escolhe se o outro personagem deve reagir aos seus golpes, se defender ou ficar parado, para que possa treinar melhor.
Cada personagem possui uma história, e toda a história é contada através de vídeos muito bem feitos em CG ou em animação de anime. É cada final melhor do que outro, e vale a pena fechar com todos os personagens, só para ver o final. Aí, todos os finais do jogo ficam armazenados no Theater Mode, de modo que você possa assisti-los quando bem quiser.
Se bem que você praticamente tem de fechar com todos, pois cada personagem que você fecha abre um novo personagem para jogar. São, no total, 23 personagens, sendo que você começa com apenas 10, e deve abrir todos os outros. Vale lembrar que cada personagem é único e possui suas próprias habilidades, seu próprio estilo e combos. Ah, e você pode abrir outras roupas para os personagens, após jogar bastante com cada um deles, então vale a pena jogar bem com todos os personagens, só para abrir as novas roupas.
Além de personagens, podemos abrir modos de jogo também. Há vários modos de jogo, alguns completamente novos e interessantes. O modo Tekken Force simula um jogo beat-em-up, como Streets of Rage e companhia, e tem a intenção de fazer o jogador usar seus movimentos em um cenário linear em 3D para derrotar diversos inimigos. Há até chefes ao final de cada nível. é bem divertido jogar esse modo secreto, sem dizer que ele abre um novo personagem. Outro modo secreto é o Tekken Ball, que simula um jogo de vôlei. Nesse modo, os personagens não batem uns nos outros, e sim batem em uma bola, direcionando-a no adversário do outro lado do campo. A força do golpe fica na bola, que, se atingir o inimigo, ele perde vida. O personagem também se fere se a bola tocar no chão. É um modo de jogo diferente e interessante, além de ser muito divertido. Ele também abre um novo personagem.
E aí, depois que você fechar com todos os personagens, abrir todos os modos secretos, roupas, personagens, e tudo o mais, só vai lhe restar uma coisa, além de tentar sobreviver o máximo de tempo possível no Survival Mode: usar tudo o que você aprendeu contra outros jogadores, no modo multiplayer. Aí, a longevidade do jogo beira ao infinito, pois são tantos personagens, golpes e modos para se jogar com o amigo que vai levar um bom tempo para enjoar. Simplesmente sensacional.



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