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terça-feira, 3 de julho de 2012

Darksiders




(Consoles: PS3/XBOX360/PC)
Analise retirada do site
Como já é sabido, neste ano de 2010 temos grandes jogos em perspectiva, mas também podemos ter algumas surpresas ao longo dos doze meses. É o caso de Darksiders, um jogo desenvolvido pela Vigil Games, que tem como um dos fundadores Joe Madureira, um artista e escritor de comics. Conhecido pelo seu trabalho na Marvel Comics com a série X-Men, Joe Madureira é responsável pela história e pelo design artístico de Darksiders, e diga-se que fez um excelente trabalho.
Darksiders é um Hack and slash de acção e neste género existem jogos de respeito, por isso a fasquia é elevada. E onde terá sido que a Vigil Games foi buscar inspiração? Nada mais do que a vários títulos e misturar tudo num só jogo, onde é impossível não nos lembrarmos de God of War, Devil May Cry e com umas pitadas de The Legend of Zelda. 

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Esta personagem enorme, faz-me recordar o jogo Shadow of Colossus.

Mas nem tudo é igual, a sua história é inspirada na passagem Bíblica de Revelação ou Apocalipse. Temos nas mãos o poder de controlar um dos cavaleiros do Apocalipse de seu nome War, um ser muito poderoso, e com isso consegue o respeito até mesmo de enormes chefes maléficos. No entanto, o Apocalipse acaba por ocorrer na Terra, toda a humanidade é brutalmente assassinada e a terra fica em ruínas. Mas mesmo após o Apocalipse, a guerra continua entre os anjos e os demónios, uma luta pelo mundo dos Homens.
É neste momento que entra War, para estabelecer o equilíbrio, mas rapidamente é acusado de iniciar a guerra pelo Conselho Charred e perde os seus poderes. Mas consegue ter uma hipótese de redenção, foi-lhe dada a oportunidade de descobrir o responsável e o trazer perante a justiça. Parece uma história banal, do bem contra o mal, mas ao longo da trama muitas reviravoltas irão acontecer. A primeira missão do jogo começa com o retorno de War à terra. Cem anos depois, encontramos todos os humanos transformados em zombies, um mundo cheio de demónios e um planeta completamente devastado. As primeiras lutas começam com War despojado de todos os seus poderes, apenas temos uma enorme espada como arma. Confesso que inicialmente o jogo não me atraiu, mas felizmente com a progressão, War vai lentamente recuperando todos os seus poderes, tornando o jogo bastante mais interessante.
Darksiders tem mundos enormes para explorar, com muitos segredos escondidos, mas é essencialmente um jogo de acção, por isso as lutas são uma constante, com imensos movimentos, combos e armas. Inicialmente War tem os seus movimentos limitados e algo lentos, porém, após percorrer vários lugares entre a terra e o inferno, ele recupera habilidades, como asas, bloqueios e contra-ataques, movimentos de esquiva no ar e solo. Aos poucos torna-se num ser muito poderoso e capaz de destruir qualquer demónio, não importando o seu tamanho. 

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Um dos gadgets que iremos possuir.

A jogabilidade é muito sólida, muito ao género de God of War, temos variadíssimas combinações, após executar alguns combos num inimigo um símbolo (representando um botão) irá aparecer na sua cabeça. Então basta apertar o botão e matamos de forma bastante violenta, sem piedade. Mas Darksiders ganha neste ponto a God of War, porque os movimentos do golpe final são feitos de forma bastante fluída e rápida, de tal forma que as vezes nem reparamos que carregamos no botão. Mas ao contrário de God of War, não existe mais que um botão para pressionar nos golpes finais, estando apenas resumido a um único botão para efectuarmos um Finish Him!!, o War faz o resto. Alias, a violência é simplesmente impressionante, que digam os Anjos que de um momento para o outro ficam sem as assas e vêem o seu corpo perfurado pela enorme espada de War. Pequenos demónios são simplesmente cortados ao meio sem piedade, até mesmo os de maiores dimensões e mais ferozes ficam sem braços e sem a cabeça num piscar de olhos. Tudo que aparece à frente de War fica em pedaços.
War possui um enorme leque de movimentos, tanto no solo como no ar ele consegue esquivar-se dos inimigos, com a sua enorme espada disfere ataques que atiram os inimigos para bem longe, ou eleva-os no ar, é uma boa oportunidade para aplicar alguns combos e destruí-los antes de caírem no solo. Em alguns dos cenários, na terra, a destruição é imensa, por isso podemos pegar em carros, cadeiras, mesas, postes de luz e muitos outras coisas, para usar como arma de arremesso, ou simplesmente dar com esses objectos na cabeça de todos os demónios e anjos que aparecerem pela frente.
Estes objectos são muito úteis, tanto para matar os anjos, que são chatos e só sabem voar, como para matar os demónios de grande porte, são mais difíceis de destruir mas ao mesmo tempo mais lentos, ou seja, dá tempo para apanhar objectos e atirar sobre eles. Com o botão L2 fixámos automaticamente o inimigo, sendo mais fácil de atirar objectos e mais fácil de os combater directamente. É essencial fixar os inimigos, porque muitas vezes não sabemos qual o seu próximo ataque, depois de pressionar o botão a câmara aproxima-se sobre ele, sendo assim mais fácil de esquivar e contra-atacar. Mas existem movimentos que não estão relacionados com as lutas, em certa parte do jogo ele obtém umas asas que o ajudam a alcançar locais que anteriormente eram inacessíveis, também é um nadador nato, a profundidade e a respiração não têm limite.

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Como diria Jaime Pacheco: Os bosses querem-se grandes e feios.

Como todos os jogos deste género, War tem à sua disposição armas principais e secundárias, upgrades, itens, artefactos e habilidades. No início apenas temos a espada, mas ao longo da história vamos recolher algumas armas de bosses que derrotamos, consoante o número de vezes que as utilizamos, estas sofrem um aumento de nível, mas também podemos comprar novos movimentos de ataque para cada arma e aumentar o seu nível. Uma arma secundária interessante é a Crossblade, uma espécie de bumerangue com quatro lâminas, que é essencial para abrir portas, também é importante para atacar inimigos, porque consegue fixar a mira em vários adversários (Zelda!!??) ao mesmo que é lançada, depois podemos atacar com outra arma. No desenrolar do jogo é fundamental descobrir as dez peças que constituem a Abyssal Armor, essas peças irão transformar-se na armadura perfeita e vital para War. Aos poucos todo o seu corpo ficará protegido e ao completar as peças War ficará semelhante a uma espécie de Robô, mas algumas das peças são essenciais para abrir novas passagens, como por exemplo para destruir cristais de gelo.
Além disso, também é importante a compra de itens consumíveis para restaurar a barra de energia, a barra de ira e novos poderes. Um dos poderes é o Chaos Form, é uma transformação espectacular de War num animal enorme em chamas, que destrói tudo a sua volta, esmagando os seus inimigos como formigas, mas infelizmente essa transformação apenas demora alguns segundos. Para poder adquirir tanto itens como upgrades, temos de recolher todas as almas dos adversários vencidos de cor azul, as almas de cor verde são energia e as amarelas estão relacionadas com a ira.

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War não tem medo de ninguém.

No entanto as lutas em Darksiders tornam-se repetitivas e um pouco aborrecidas, mas compensa com uma enormidade de adversários gigantescos e diversificados. As lutas são rápidas, simples e bonitas de se ver, algo que não acontece com os gráficos, muitas das texturas são fracas e os efeitos de luz poderiam ser melhores. O nível do efeito de escada das arestas é alto, sendo uma das coisas que se nota de imediato quando começamos jogar. Apenas escapam as personagens que se apresentam bem detalhadas, tal como o design artístico de cada uma delas, Joe Madureira teve uma visão diferente e apurada de como deveriam ser as personagens.
Darksiders pode não ser um dos melhores jogos de sempre, mas traz algumas novidades que elevam o género a um novo patamar. Esta mistura de vários títulos fez deste jogo algo de diferente, com uma história, que talvez não seja totalmente original, mas diferente dos outros títulos do género e com uma trilha sonora adequada. Uma jogabilidade divertida e viciante que nos prende até ao final do jogo. Os cenários são diversificados e enormes, mas o desejo de os explorar peca por não haver muitos quebras-cabeças. Claro que existem alguns defeitos, como as lutas finais com os bosses, que deixam muito a desejar. Os gráficos poderiam ser mais detalhados, algumas partes do jogo sofrem quebras de fluidez e as lutas vão-se tornando repetitivas. Darksiders não é um jogo curto, mas as cerca de 15 horas passam demasiado rápido. A Vigil Games conseguiu criar um título divertido, com muitas boas ideias que poderão ser aprimoradas num próximo jogo.
Nota: 8 / 10



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